2019-10-20

Cada um faz o seu próprio papel... ou copia (2007 - Re-edited)

Espero que tudo esteja transcorrendo muito bem com você, afinal, nada dura para sempre. Sendo bom ou ruim, sempre chega o momento da mudança. Digo isso por causa da enxurrada de notícias precipitadas e imprecisas, que dizem respeito as tragédias pessoais, desencontros psicóticos dos alheios com os mais desconhecidos ainda, sem contar os apelos absurdos sobre mensagens sem pés nem cabeça (a exemplo das minhas, que sempre faltam com algum sentido claro).
Desconsiderando toda e quaisquer bobagens - inúmeras mensagens diárias que não acrescentam, mas consomem nosso tempo para algo útil -  que desvirtualizam o propósito de Deus em nossas vidas, como as malditas mensagens que trazem "não precisa ler, basta repassar", venho notando muita falta de assunto nas pessoas.
Se tivesse que listar aqueles que realmente utilizam esse meio de comunicação para fins inteligentes e de estreitamento de laços, 93,4% dos usuários ficariam com vergonha (se bem pensarmos, acho que não, afinal, o que é a vergonha?).
Possuímos a mais poderosa das ferramentas de entretenimento, socialização, de cultura (mesmo que artificial)... E tudo o que fazemos é brincar. Por vezes, atropelando os sentimentos e angústias sem levarmos em consideração que na outra ponta existe um ser igual a nós.
Sem querer revolucionar, sem necessidade de polêmica, contudo ressaltando que fazer amizades é fácil, tão fácil quanto beber água; na vida real, um olhar, uma palavra, uma atitude que chame a atenção é o que basta para o estreitamento de laços afetivos, de relacionamentos (talvez), duradouros. Mas aqui é diferente, a rede é fria, e têm-se que se utilizar de toda capacidade intelectual, a fim de se pôr no lugar do outro, para transmitir sentimentos por palavras, praticamente tornando-se escritores de nossas próprias novelas. Contudo, sendo mais difícil convencer o leitor(?) quanto a qualidade desta "amizade" frívola, ou frígida, certificando-os de que não somos fáceis de se perder em meio (a e-mail's e pseudo-mensagens) à falta de conteúdo no excesso de motivos vazios. Quando não, por míseras curtidas e outros sinais afônicos.
Frisemos que nas horas em que não temos o que falar, ficamos calados e passamos por mais sagazes - . Calados podemos nos passar por tolos "Intelectuais", capazes de analisar as sandices e asneiras que nos cercam e que nos levam a cometer as mesmas bobagens, por falta de maturidade. Mas, também, leva-nos as vias sombrias do isolamento, do "forever alone".
Combinemos um protesto contra a corrente de besteiras que se repetem, e aparentemos um grau maior de inteligência... Desprezemos apelos, correntes, notícias sem fundamentos, mensagens absurdas, recados automáticos.
Mantenhamos a capacidade cerebral para entender o que realmente vem de cérebros que produzem ideias, pensamentos, não as cópias e reenvios de outros "cabeças ocas".

Pensamos, logo, existimos... ("Cogito, ergo sum", René Descartes)



Um comentário:

  1. Querido André!
    Sempre fico emocionada com tudo que voce escreve, pois sinto o homem encantador que voce é. Sua forma de se expressar é direta, crítica e envolvente. Os textos são muito inteligentes e faz agente refletir sobre questões que há muito já esquecidas,nos faz olhar só nosso próprio umbigo e esquecemos de olhar o umbigo do mundo...
    Nunca pare de escrever...
    Abraços carinhosos,
    Mirian South

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