Espero que tudo esteja transcorrendo muito
bem com você, afinal, nada dura para sempre. Sendo bom ou ruim, sempre chega o
momento da mudança. Digo isso por causa da enxurrada de notícias precipitadas e
imprecisas, que dizem respeito as tragédias pessoais, desencontros psicóticos
dos alheios com os mais desconhecidos ainda, sem contar os apelos absurdos
sobre mensagens sem pés nem cabeça (a exemplo das minhas, que sempre faltam com
algum sentido claro).
Desconsiderando toda e quaisquer bobagens
- inúmeras mensagens diárias que não acrescentam, mas consomem nosso tempo para
algo útil - que desvirtualizam o propósito de Deus em nossas vidas, como as
malditas mensagens que trazem "não precisa ler, basta repassar", venho
notando muita falta de assunto nas pessoas.
Se tivesse que listar aqueles que
realmente utilizam esse meio de comunicação para fins inteligentes e de
estreitamento de laços, 93,4% dos usuários ficariam com vergonha (se bem pensarmos, acho que
não, afinal, o que é a vergonha?).
Possuímos a mais poderosa das ferramentas de
entretenimento, socialização, de cultura (mesmo que artificial)... E tudo o que
fazemos é brincar. Por vezes, atropelando os sentimentos e angústias sem levarmos em consideração que na outra ponta existe um ser igual a nós.
Sem querer revolucionar, sem necessidade de polêmica, contudo ressaltando que fazer
amizades é fácil, tão fácil quanto beber água; na vida real, um olhar, uma
palavra, uma atitude que chame a atenção é o que basta para o estreitamento de laços
afetivos, de relacionamentos (talvez), duradouros. Mas aqui é diferente, a rede é fria, e
têm-se que se utilizar de toda capacidade intelectual, a fim de se pôr no lugar
do outro, para transmitir sentimentos por palavras, praticamente tornando-se
escritores de nossas próprias novelas. Contudo, sendo mais difícil convencer o leitor(?)
quanto a qualidade desta "amizade" frívola, ou frígida, certificando-os de que não somos fáceis de se perder em meio (a e-mail's e pseudo-mensagens) à falta de
conteúdo no excesso de motivos vazios. Quando não, por míseras curtidas e outros sinais afônicos.
Frisemos que nas horas em que não temos o
que falar, ficamos calados e passamos por mais sagazes - . Calados podemos nos
passar por tolos "Intelectuais", capazes de analisar as sandices e
asneiras que nos cercam e que nos levam a cometer as mesmas bobagens, por
falta de maturidade. Mas, também, leva-nos as vias sombrias do isolamento, do
"forever alone".
Combinemos um protesto contra a corrente
de besteiras que se repetem, e aparentemos um grau maior de inteligência... Desprezemos apelos,
correntes, notícias sem fundamentos, mensagens absurdas, recados automáticos.
Mantenhamos a capacidade cerebral para entender o que realmente vem de cérebros que produzem ideias, pensamentos, não as cópias e reenvios de outros "cabeças ocas".
Pensamos, logo, existimos... ("Cogito, ergo sum", René Descartes)
Mantenhamos a capacidade cerebral para entender o que realmente vem de cérebros que produzem ideias, pensamentos, não as cópias e reenvios de outros "cabeças ocas".
Pensamos, logo, existimos... ("Cogito, ergo sum", René Descartes)
Querido André!
ResponderExcluirSempre fico emocionada com tudo que voce escreve, pois sinto o homem encantador que voce é. Sua forma de se expressar é direta, crítica e envolvente. Os textos são muito inteligentes e faz agente refletir sobre questões que há muito já esquecidas,nos faz olhar só nosso próprio umbigo e esquecemos de olhar o umbigo do mundo...
Nunca pare de escrever...
Abraços carinhosos,
Mirian South