2020-02-21

Mais do que os olhos querem ver.


"E, partindo eles, começou Jesus a dizer às turbas, a respeito de João: Que fostes ver no deserto? uma cana agitada pelo vento? Sim, que fostes ver? Um homem ricamente vestido? Os que trajam ricamente estão nas casas dos reis.
Mas, então que fostes ver? um profeta? Sim, vos digo eu, e muito mais do que profeta;
Porque é este de quem está escrito: Eis que diante da tua face envio o meu anjo, Que preparará diante de ti o teu caminho.
Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele." (Mateus 11:7-11)
Síndrome de Dom Quixote, é o que muitos dentre nós desenvolve quando não atentam para este "feedback" de Cristo. Valorizando sugestões para ter ao invés de lutar para ser. Almejando coisas banais, mas pelas vias sobrenaturais, deixando de fazer o necessário e esperando o possível acontecer milagrosamente.
Ei! Ou! Desperta!

Se for para imitar alguém, copie o modo de vida daqueles que buscam em Deus a verdadeira felicidade. Sendo o melhor empregado, o melhor familiar, o melhor vizinho, o melhor aluno, a melhor referência. Seja assim nas pequenas atitudes para todos quantos forem e não somente aos olhos dos outros que lhe convém verem.
Não transforme moinhos de vento em gigantes - tal qual os que chamam Jesus de Genésio, vendo os problemas sem se darem conta da solução nítida. Sê otimista, crente e perseverante nas lutas que lhe cabe travar e ganhar, pois, a vitória já foi decretada, teu esforço é o que falta na equação.
Entenda e aceite que o caminho é um só. Havendo espinhos, dores, ausências, angústias, ressentimentos, desamparo, lágrimas. Porém, tenha em mente que o melhor sempre chegará na hora exata, no tempo de Deus. Dependendo, somente, de sua atitude para consigo mesmo. O comando vem do Trono da Graça, mas o controle de como os fatos devem ocorrer é todo seu.
Por isso, sim, aceite a realidade. Busque a Deus e procure estar no centro de Sua vontade.

2020-02-20

Ele deu sorte! (Re-edited 2008, JJRastero)


As vezes pensamos estar acima do bem e do mal e só conseguimos sentir uma sensação incomoda de incapacidade, de que não vai adiantar falar, fazer, quem dirá pensar em dados assuntos que, de fato nos dizem respeito. Assuntos que nos fazem, ou farão, ir além do que temos julgado ser o suficiente para esta singela existência, nesse mundo velho e sem porteira. Aliás, nas raias das loucuras do imediatismo e do tempo que perece na velocidade da “tecnologia 5G”. Poderíamos chamar essa situação de “Síndrome da incapacidade adquirida no resultado dos outros”. Isto é, pelo fato de que quase sempre, norteamos nossas tentativas nas experiências de vidas alheias e comumente expostas. Tipo assim: aquele "pessoal" que se forma na faculdade, outro que passa no concurso público, o cidadão que ganhou aumento, aquela “baranga” que se casou, a “esquisita” vai dar à luz outra vez... “E eu continuo aqui, numa de maluco beleza - sentado no apartamento, com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar...”. Só que a morte não vem quando se quer e, para amenizar um pouco nossas frustrações, ainda nos vangloriamos “porque pelo menos eu sou aleijado não sou cego, surdo ou mudo feito muito infeliz”, e aquele compadre que está afundado na cachaça, o outro camarada cheira até pó de serra, a fulana fez cabeça e está toda amarrada, beltrana está com a família separada (o marido fugiu com uma biscate), a filha virou prostituta, a outra vive na igreja e não arruma ninguém, o outro está em depressão... Veja bem a que nível podemos chegar se ficarmos nos menosprezando!? Dando espaço para o nada... Nos acomodando e aceitando a vida como ela se apresenta, não exatamente como deve ser.
 
E não tem essa de que nós não somos assim. Como você garante que essas e outras situações não acontecem contigo? Você pode realmente se orgulhar de não estar passando por “perrengues”?
Caso esteja numa boa consigo mesmo(a), pode parar de ler por aqui e vá meditar em “Ele escolheu os cravos”, Marvel, DC. Que Deus Continue Te Abençoando Rica e Abundantemente... Amém! Tchau! "So long", Aloha! Rala peito... Vaza daqui!

Se por outro lado, tua vida está em perda total (só falta dar descarga), não para de vir chutes e pontapés na tua direção e é só paulada atrás de outra, leia com o coração desarmado e a mente disposta a receber o seguinte:
Houve na história humana um carinha que foi resgatado de uma chacina sinistra em pleno Egito (o dono da bagaça, Faraó, mandou passar o rodo em geral, deletando tudo quanto era moleque que nascesse. Pois, ele temia perder a boca... as pirâmides, pra galera do deserto), seu nome era Moisés, que significa tirado das águas. Pois, do rio, onde seu pai o despachou para não ir pro vinagre, para as mãos da filha de Faraó ele foi levado.
Esse cara cresceu estudando nos melhores colégios, brincou com tudo quanto era brinquedo, fez de tudo no muito que podia... O quê? Ele era herdeiro indireto da boca... as pirâmides. Ele deu sorte! Do meio de uma infinidade de gente que morou no deserto, mas que naquela época vivia numa situação de opressão para pretenso cabeça do Império Egípcio, ele deu muita sorte. Não? (qualquer semelhança com o hoje, é realidade)
Mas, num belo dia, depois que foi revelada sua verdadeira identidade, que sua mãe era hebreia (logo, era da galera do deserto), que ele quase foi de ralo... Ele ficou mais esperto na situação - ...Não sei por que, mas toda vez que ficamos sabendo de alguma coisa comprometedora, surge um quiproquó na sequência dos fatos... E com Moisés não foi diferente: o cara viu um egípcio “juntando” um hebreu na chibata, porque o hebreu estava descansando de carregar entulho, e baixou-lhe o cacete no egípcio. Conclusão: o egípcio “mó-rreu”.
No dia seguinte, "de boa", Moisés foi dar um role de bobeira, lá nas quebradas das pirâmides tirando onda no “camelo ninja” que acabara de ganhar, no que viu dois hebreus trocando tapas.
– Pô! Mó vacilação os "irmãozinho" de caôzada na parada! – disse Moisés, já cheio de intimidade, numa de “deixa disso”. Ah, mas um deles mandou na lata:
– Qual foi? "Qualé da parada"? Tu passa o egípcio e se acha o "último maná" do deserto? Mete o pé! Tu tá no erro! Ih, o alteza, se adianta! - pois, só Moisés não sabia que, o “Areia Geral”, tinha passado a exclusiva do corpo encontrado numa das reformas das pirâmides:
– Segundo informações do “Papiro-Denúncia”, o caboclo levou de sarrafo na moringa e agora "#partiu" sentido "nove portais" rumo "a cidade do pé junto"...
Depois de se adiantar pro meio de lugar nenhum (deixando a pompa, a riqueza, o garbo do Império, indo morar em Midiã, que não era lá essas coisas, mas dava pra viver), botar uns caras pra correr (Moisés não “peidava” pra ninguém), arrumar sua “costelinha”, criar umas ovelhas e tocar a vida de micro-empresário, ele ficou nessa tranqüilidade até que houve uma convocação.
Não entrarei na discussão teológica, morfológica ou psicológica dos fatos, neste ponto sou eu quem está descrevendo uma conversa franca de Deus para com Moisés:

– Moisés meu querido, tira as "chiprianas" e chega aqui. Onde tu andou pisando não tá tão bom, e dá trabalho manter a minha casa limpa. 
– Diz aê, qual foi?
– Tá ligado que comigo não tem caô? – E Moisés, cheio de vergonha e respeito baixou o pito.
– Meu pessoal tá numa "pindaíba só" com esse Faraó Jr. É só "correria" e chicote, nada de descanso remunerado, INSS, FGTS, férias fracionadas, licença médica, aviso prévio ou pensão por morte. Só chibatada no lombo... Tu vai lá no teu camaradinha de infância e vai partir com geral pra outra área. Lugar bom! Vai ter trabalho duro, mas é muito melhor que viver de favor sendo escravo por nada.
– Mas, Senhor, eu vacilei com o Faraó Pai. Dá pro Senhor quebrar essa pra mim não?
– Vai lá rapá! Eu tô na cobertura, depois que tu voltar vamos trocar muita ideia, temos muito o que acertar.
– Mas, Senhor, vou assim de peito aberto? Cadê a milícia? Fortalece aí com um colete de cortiça ou um facão? E se "os camaradinha" ficar perguntando quem me mandou pro resgate, falo o quê?
– Vai falar pros “cascudo” que “O Eu Sou” é quem te mandou! Tu vai dizer que “Eu Sou O Frente” que tá mudando essa história. Eles vão se ligar no terreno que sondei antes, lá pros lados do Jordão, de frente pro Mediterrâneo. Vai na fé! Junto deles tu vai falar com Faraó Jr. Só fica de boa quando o Faraó forçar a barra não liberando a minha galera. O dele tá guardado. Fica sussa.
– Pô, Deus, vão ficar me zoando, tipo: “ih, o cara tá doidão de cacto, mané”. Vão dizer que peguei muito sol na moleira. Aí, não vai dá não o "Da Altitude"!
– Eu falei que "tô na contensão", vai de frente que Eu sou contigo. Ficarão de bobeira com as paradas que vou permitir que você faça...
– Mas, Senhor, não sei falar mais daquele jeito sinistro que o pessoal fala. Tô fazendo mó força pra não soltar o verbo, e falo gíria pra caramba, tá ligado?
– Eu não estou te mandando para a prova da Fuvest, Enem ou para OAB! Tu vai falar com o meu pessoal e com o Faraó que cresceu contigo. Se liga, Moisés!
– Sabe qualé... Manda outro cara, não tô legal! Não adianta forçar... – Deus ficou irado (irado de ira mesmo, não de maneiro, sinistro, radical...):
– Tu tá de brincadeira? Tu é fanfarrão? Pára de palhaçada Moisés! Seja homem, rapá! Você vai fazer o que te falo! E tem o seguinte, teu irmão Arão vai falar pro povo o que você passar pra ele. Eu dou as coordenadas aos dois, Arão será o megafone e você o MC. Tá maneiro?
– Valeu, Deus! Já é!
– Aí, oh mané, leva essa perna de três... Tu vai lembrar a muita gente quem é que manda.
(Referência: Êxodo Cap.1, 2, 3, 4 : 1-17)

Depois dessa licença "hermenêutica", vê a situação: Num momento, um homem que foi separado para viver o melhor de sua infância à juventude, frequentando os melhores colégios, se alimentando da pura nata do império, tendo escravos, camelos, libertinagens em geral, e noutro momento, o mesmo homem passando por dificuldades não imaginadas por si próprio - numa época em que a transição de povo livre para escravo era o melhor meio de se subjugar e conter possíveis revoltas, isto pela ótica dominante.
Temos a infeliz ideia de achar na vida de outros as respostas para nossas imperfeições, incapacidades e frustrações. Imagine que você foi chamado por Deus para que sua história seja um incentivo à mudança, transformação, renascimento de outras vidas... Imagine que seus medos, suas vontades, seus desejos mais íntimos tenham que ser colocados de lado... Tente visualizar algo que não é palpável, mas que pode ser percebido na presença de pessoas que vivem, viveram e ainda viverão as mazelas do mundo real (do qual você é sócio e faz parte)... Mas, tendo certeza de que vai vencer no final! E se não vencer é por que ainda não é o fim!
Ainda que você não tenha ideia do que lhe cerca, há um Deus que sabe exatamente do que você precisa. Assim como Moisés, que conduziu uma nação (gente à rodo) para Canaã; Neemias e mais um monte de “pseudo-pedreiro” que reconstruíram os muros de Jerusalém (Referência: Livro de Neemias), Ester que se colocou em favor da nação (Livro de Ester... Tome vergonha e leia!), Deus tem a medida exata para a tua felicidade, restando somente o teu desejo de lutar como única condição para realização de sonhos.

Aí vem a grande pergunta: Mas tudo isso para quê?
E a singela resposta: Para que você pare de perder tempo com problemas que já deveria ter resolvido, ao invés de enfatizá-los, e ser menos infeliz nas tuas indecisões.
Uma vez que tua história começou mal, ou bem, e que todas as coisas transcorreram de modo aleatório (senão seria monótono e metódico demais), e agora não esteja tudo tão legal assim... Se liga, oh mané! Deus não usa quem fica estacionado no acostamento. Levanta! Sai dessa lama e busque o caminho que te conduzirá à lugares altos! Ele te chama.

...Agora se você não acredita nEle, azar o seu, Ele ainda sim acredita em você... E olha que você vale muito mais que uma jumenta (Números 22)...