Pensemos pelo seguinte
ponto de vista: nas atuais circunstâncias da vida em grupos, o ser que se diz
humano tem sido capaz de barbaridades assombrosas. Tudo bem que não são todos
os ditos seres que se ocupam de assaltar, atirar, sequestrar, desprezar,
roubar, espancar, estuprar, desrespeitar, cuspir... Mas todos acabam sendo cúmplices,
quando calam-se diante das oportunidades de coibir os atos iniciais de
violência futura.
Entenda que não adianta
fazer protesto pacífico, com todo mundo vestindo branco ou carregando velas,
flores e objetos que não retratam o que é necessário utilizar na mudança
radical que deve ocorrer nessa selvageria desenfreada. Chorar pelo “leite
derramado” é para quem ficou com o prejuízo da(s) perda(s). Enquanto que os
“meros espectadores” deveriam retomar o controle da situação, ou seja, de seus
entes subvertidos a ostentação marginal. Onde ter é mais importante que ser,
ainda que custe a vida de alguém.
Atitudes como os
projetos de capacitação dos jovens, orientação de crianças e aplicação das leis
para adultos (nada muito inovador, apenas a justiça) são as principais
providências à serem tomadas. Pena de morte... Ainda não é justiça (mesmo que
eu seja favorável em casos efetivamente perdidos, e aplicável nos flagrantes de
autos de resistência e injusta agressão as forças de segurança). Levar à júri e
medir as circunstâncias dos fatos do ponto de vista legal, é a arma.
Saliento que casos
perdidos, no meu entendimento, são aqueles classificados como hediondos (crimes
previstos pela lei 8.072/90).
Contudo, sejamos
honestos e moderados: antes dos 'finalmentes' judiciais, cabe as famílias
(subentenda-se pais, avós, tios, padrinhos e etc.) desenvolver o projeto de
gente que está todos os dias ao seu alcance, enfatizando o conceito básico de
certo e errado. Quando o “não” quer dizer "que não é favorável para si e
muito menos para o próximo", e “sim” "representa um senso de
igualdade ou acerto nas atitudes que se deve conservar". "Não é para
mexer no que é do outro" e "pergunte se pode ser desta forma".
Convenhamos que todo o
processo natural de humanização começa com o básico "+" ou
"-": mais ações correspondem a menos preocupações, mais problemas
correspondem a menos paz para o grupo social.